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Clube do Samba

João Nogueira interpreta a música "Mineira", dele, em homenagem à Clara Nunes, que havia falecido precocemente, em 1983.
João Nogueira interpreta a música "Mineira", dele, em homenagem à Clara Nunes, que havia falecido precocemente, em 1983.
João Nogueira interpreta a música "Mineira", dele, em homenagem à Clara Nunes, que havia falecido precocemente, em 1983.
João Nogueira interpreta a música "Mineira", dele, em homenagem à Clara Nunes, que havia falecido precocemente, em 1983.
Flagrante do Clube do samba, inspirada em reportagem de TV, disponível no Youtube.
Flagrante do Clube do samba, inspirada em reportagem de TV, disponível no Youtube.
Joel Nascimento, João Nogueira, Beth Carvalho e Sérgio Cabral. Desenho inspirado em foto do ensaio fotográfico de divulgação do Clube do Samba.
Joel Nascimento, João Nogueira, Beth Carvalho e Sérgio Cabral. Desenho inspirado em foto do ensaio fotográfico de divulgação do Clube do Samba.
Joel Nascimento, João Nogueira, Beth Carvalho e Sérgio Cabral. Desenho inspirado em foto do ensaio fotográfico de divulgação do Clube do Samba.
Joel Nascimento, João Nogueira, Beth Carvalho e Sérgio Cabral. Desenho inspirado em foto do ensaio fotográfico de divulgação do Clube do Samba.
Roda no Clube do Samba, com João Nogueiora em primeiro plano, Inspirada em imagens de video da época.
Roda no Clube do Samba, com João Nogueiora em primeiro plano, Inspirada em imagens de video da época.
Xangô da Mangueira, Roberto Ribeiro, João Nogueira, Martinho da Vila e Mano Décio da Viola no Clube do Samba, inspirado em registro de fotógrafo não identificado.
Xangô da Mangueira, Roberto Ribeiro, João Nogueira, Martinho da Vila e Mano Décio da Viola no Clube do Samba, inspirado em registro de fotógrafo não identificado.

No final da década de 1970, o Brasil vivia a febre das discotecas. Em 1978, a TV Globo lançava a novela "Dancing Days", de Gilberto Braga, fenômeno de audiência, com quase 60 pontos no IBOPE. No ano seguinte, em 1979, João Nogueira se juntou a Martinho da Vila, Alcione e Beth Carvalho, para fundar o Clube do Samba, que ajudaria a criar um movimento cultural coeso para fortalecer as raízes do gênero. No início, o clube funcionava no quintal da casa do próprio João Nogueira, no Méier, promovendo rodas de samba quinzenais. Claro que não era qualquer novato que podia ir soltando a voz nas rodas . O privilégio era todos dos bambas. Para um novato conseguir espaço, era preciso ser apresentado por um sambista consagrado.

A partir de 1980, o Clube do samba passaria a promover apresentações na sede do Clube de Regatas Flamengo, time de coração de João. Entre os anos de 1981 e 1982, o Clube do Samba já devia contar com 1000 integrantes em seu quadro social, mas ainda prescindia de uma sede fixa. Promovia atividades no Clube Municipal e na Associação dos Servidores Civis do Rio de Janeiro. Em 1983, Clara Nunes nos deixou precocemente e João Nogueira fez no quintal de sua casa, uma belíssima gravação do Samba "Mineira" que a homenageia. O vídeo pode ser encontrado no youtube, disponível no link: https://www.youtube.com/watch?v=QitEh6HwfVQ. É essa reportagem apresentada por Bibi Ferreira, que inspirou a sequencia em quadrinhos no topo desta postagem.

No mesmo ano de 1983, criou-se uma sociedade anônima para uma melhor gestão do clube. Encontraram sua sede num antigo depósito de bebidas na Barra da Tijuca, que eles passaram a alugar e transformaram em uma grande casa de espetáculos. Eram cerca de 1000 m2, com 600 m2 de área coberta para a administração, a cozinha, os camarins e uma sala de espetáculos com capacidade para um público de 600 pessoas, e uma pequena galeria, que levou o nome de Guilherme de Brito. A área descoberta, por sua vez, foi batizada como Praça Clara Nunes.

Ao longo de sua trajetória, criaram uma agenda com amplo leque de eventos semanais, entre lançamentos de livros e discos, rodas de samba apresentações de Bossa Nova, bailes com orquestras, e a feijoada nas tardes de sábado, com roda de samba, claro. A noite era reservada para apresentações de grandes nomes da música brasileira (nomes de peso como o de Beth Carvalho, Baden Powell, Elizeth Cardoso, Roberto Ribeiro, Dona Ivone Lara, Moreira da Silva, Gilberto Gil, Paulinho da Viola, Clementina de Jesus, Alcione, Luiz Melodia, Moraes Moreira, Sílvio Caldas e Martinho da Vila e até mesmo a convidados não associados ao samba como Turíbio Santos e Geraldo Azevedo). O Clube do Samba teve ainda um bloco de carnaval, que funciona até hoje, e um jornal mensal, em que colaboravam Moacir Andrade, José Carlos Rego, Sérgio Cabral e Roberto Moura, com tiragem de dez mil exemplares, distribuídos gratuitamente. Na época da fundação, João Nogueira ainda escreveu uma música e dedicou um álbum ao clube, ambos batizados como Clube do Samba: "É por isso que eu vivo no Clube do Samba, com essa gente bamba, eu me amarro de montão."

Em fins da década de 1980, o Clube passaria por dificuldades financeiras e foi forçado a reduzir drasticamente suas atividades. João Nogueira presidiu o Clube do Samba por 21 anos, até seu falecimento, no ano de 2000, passando a batuta à sua viúva, Ângela Nogueira, que até o final daquela década ainda era a presidente. O texto de apresentação no site oficial do clube, de onde tirei parte das informações para esta postagem, é anterior à celebração dos 30 anos, que ocorreu em 2009 e na época eles alimentavam esperanças de conseguir uma sede definitiva e retomar suas atividades. Em reportagens de 2017, podemos ver que o também sambista Diogo Nogueira, filho de João, ressuscitou o Clube, que hoje dispõe de um canal no Youtube.

No youtube, há uma bela reportagem do Fantástico, na ocasião da fundação do clube: https://www.youtube.com/watch?v=uRF-5npsqTo&t=292s

Didu Nogueira, sobrinho do João, recorda que ele e Jorge Simas produziram o disco "Clube do Samba 40 anos, lançado em 2019, e disponível nas plataformas digitais. O disco tem participações especiais de Diogo Nogueira, Mart'nália, Paulo Cesar Pinheiro e seu xará Feital, o ex-craque do Flamengo Junior. Confira o disco no link abaixo:

Agradecimentos especiais a Didu Nogueira, por corrigir meus equívocos e ainda trazer novas informações que muito enriqueceram o texto.

 
 
 

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