top of page
  • Ícone do Instagram Preto
  • Behance
  • TikTok
Buscar

Na roda de samba: Fuska Bar

Como eu vivi e cresci no Humaitá, eu já conhecia o pé sujo que ficava ali em frente ao Plebeu, na diagonal do Aurora, na esquina entre Capitão Salomão e Visconde Caravelas. Mas tem um pouco mais que cinco anos que aquele pequeno boteco virou Fuska Bar e passou a oferecer atrações musicais que agitaram muito a região. Foi em 2016 que fiquei sabendo da mudança e passei a frequentar, sempre acompanhado de um caderno de desenho, as rodas de samba e choro que acontecia m ali. E como não podia deixar de ser, acabei fazendo amizades com alguns dos músicos. Na verdade, no Samba do Bilhetinho, eu já conhecia dois. Alexandre, um amigo de colégio que não via fazia muitos anos, e tocava cuíca, e Maria Angélica, uma colega da Cultura Inglesa, onde voltei a estudar, quando eu me preparava para a prova de língua estrangeira do mestrado. O irmão dela, Marco Antônio, conheci através dela. E o Alexandre acabou me encomendando um dos desenhos que publico aqui, um dos poucos que fiz através de foto. Naquele tempo, porém, eu estava dando aula, fazendo doutorado, além dos trabalhos como freelancer e como as rodas eram nas noites de quinta, não era muito propício a quem dava aula na sexta de manhã e acabei não aproveitando como gostaria, as novas atrações musicais do lugar. Ainda mais depois que me mudei para Tijuca, em 2017, só voltando ao Humaitá no início de 2021. O Samba do Bilhetinho era essencialmente um grupo de jovens da Zona Sul e traziam um repertório bem diversificado, que não se restringia ao óbvio, às músicas mais populares. Numa das rodas, que flagrei a participação do saudoso Gallotti, que morava nas redondezas.


Outra roda que frequentei com alguma assiduidade foi uma de choro: o conjunto Grapiúna. Conversando com o Fernando Mattoso, conhecido como Nando, violonista do conjunto, fiquei sabendo alguns detalhes da história deles. O grupo foi formado pelo Nando, entre amigos que se conheciam do Bip-bip, e da Escola Portátil, (entre eles, Marcus Tannuri, do Cavaquinho e Pablo na Flauta) para atender uma demanda de um bar em Copacabana, mas o trabalho em Copa acabou não vingando, e pouco depois, o Luiz Fernando, filho dos donos do Fuska, que já tinha a atração do samba do Bilhetinho, falou do seu interesse em contar com rodas de choro na programação cultural do bar. A ideia era fazer uma roda mensal começando no final da tarde de domingo, ora pegar o pessoal saindo da praia. sucesso foi tanto que a roda que era quinzenal, acabou virando semanal. Por ser aos domingos, acabei frequentando mais a roda de choro que do samba. O nome Grapiúna, sugertido por Tannuri, atendia ao prpósito de ser um nome bem brasileiro e que não limitasse o gênero do grupo, de modo a dar maior liberdade ao repertório do grupo. Grapiúna é a forma como o pessoal do interior da Bahia chamava quem era do litoral. Tem até um conhecido livro de Jorge Amado chamado "O menino Grapiúna".


Aqui eu trato de samba e estendo o assunto ao choro, mas eu já vi no Fuska muitas outras atrações musicais como MPB, jazz, forró, baião. É um bar considerado pé sujo que acabou movimentando e aquecendo o polo gastronômico na região e nos faz perceber o quanto a arte e a cultura tem um potencial enorme para impulsionar a economia. Termino aqui, desejando vida longa ao Samba do Bilhetinho, ao Conjunto Grapiúna e às atrações musicas do Fuska Bar!


Samba do Bilhetinho. Dois tempos congelados em um. Reparem que o surdo mudou de lugar entre um set e outro e acabou aprecendo duas vezes no desenho.
Samba do Bilhetinho. Dois tempos congelados em um. Reparem que o surdo mudou de lugar entre um set e outro e acabou aprecendo duas vezes no desenho.
Conjunto Grapiúna
Conjunto Grapiúna
Conjunto Grapiúna
Conjunto Grapiúna
Público no Fuska
Público no Fuska
Público no Fuska, visto do Plebeu.
Público no Fuska, visto do Plebeu.
Arredores do Fuska: Plebeu e Aurora.
Arredores do Fuska: Plebeu e Aurora.
Conjunto Grapiúna
Conjunto Grapiúna

Plebeu, que já recebeu as rodas do Bilhetinho, quando a chuva interrompia a batucada na calçada do Fuska.
Plebeu, que já recebeu as rodas do Bilhetinho, quando a chuva interrompia a batucada na calçada do Fuska.
Grapiúna. Sketch feito com esferográfica.
Grapiúna. Sketch feito com esferográfica.
Grapiúna. Sketch feito com esferográfica.
Grapiúna. Sketch feito com esferográfica.
Samba do Bilhetinho. Encomenda do amigo Alexandre Bastos, na Cuíca. Aquarela em tons de sépia, inspirada em fotografia cedida pelo amigo.
Samba do Bilhetinho. Encomenda do amigo Alexandre Bastos, na Cuíca. Aquarela em tons de sépia, inspirada em fotografia cedida pelo amigo.
Grapiúna
Grapiúna
Grapiúna
Grapiúna
A banca de jornal desativada que já faz parte do cenário do bar.
A banca de jornal desativada que já faz parte do cenário do bar.


 
 
 

Comments


bottom of page